segunda-feira, 21 de maio de 2012

Fashion Victim

Nunca imaginei que aos três anos e especialmente sendo rapaz, se pudesse gostar TANTO de roupa...
Para o meu filho é quase tão bom receber uma t-shirt como uma pistola.
Adora roupa nova e fica tão contente de a vestir que quando chega ao infantário a primeira coisa que pergunta aos amigos é se gostam de camisola nova dele - ao que eles olham com uma certa indiferença...
Eu acho demais, excepto quando a esquisitisse bate à porta e só quer AQUELE par de cuecas com o Bakugan e essas estão para lavar, ou quando só quer vestir calcas de fato de treino dia após dia...

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Faz barulho!

Eu sempre achei que até cantava bem... Não o suficiente para me dedicar a isso (nem por sombras) mas bem o suficiente para cantar em bom som em qualquer coro improvisado.
Bem o suficiente para saber muitas musicolas e as cantarolar de vez em quando estou distraída e absorta na minha vidinha (no banho, nas limpezas, a andar de bicicleta...)
No entanto, sempre achei que o momento idílico de comunhão entre mãe e filho seria a cantar.

E aí está o momento em que tudo desmorona. O meu filho não gosta de me ouvir cantar...
Pára tudo!!
Mais uma desilusão da minha imagem perfeita da maternidade.
Provavelmente é porque as músicas que eu canto não são as mesmas da escola...
Mas mesmo antes do martinico ir para a escola, eu levava sempre com desmoralizadores "Shiiiuuuu - faz barulho!!" durante as minhas performances caseiras.
Houve muito tempo mesmo em que não lhe cantava à noite para dormir.
E agora faço-o mas nunca há aquele coisa de discos pedidos, tipo:
"Mãe canta esta, agora esta..."
Nada... limita-se a ouvir as 3 músicas do costume e a adormecer.

MAS descobri uma música que ele gosta e que me pede muito para cantar.
Quase todos os dias !
Estou tão fartinha da musica mas fico tão contente ao mesmo tempo por finalmente ele gostar de uma musica porteguesinha e a querer ouvir non-stop!!



terça-feira, 15 de maio de 2012

Escapadinha

Escapei dois dias da minha vidinha e fui passear a Berlim.
Foi mesmo perfeito! 
Fui com duas amigas do antigamente mas daquelas amizades que não desvanecem nem com a distancia nem com a falta de comunicação ... 
Não consigo bem explicar, mas senti por algumas horas, durante o fim de semana, que o tempo tinha voltado atrás e que eu era a Mafas da faculdade despreocupada e curiosa, que andava a explorar uma cidade com as amigas. 
A minha vida familiar de Copenhaga parecia lá looonge... quase como um sonho. 

E foi bom... muito bom!!

Nem tive saudades do meu pequenote, principalmente porque sabia que ele estava bem.
Claro que doeu um bocadinho quando ele quase me desligou o telefone na cara quando eu lhe disse que ainda andava a passear e que não ia já para casa.
Mas quando cheguei tive direito ao maior sorriso do mundo e aos melhore abraços do universo. 
e o seu ar de admirado: "Estás cá?".

Isto de ser mãe é tão especial, ter alguém que deseja a nossa presença mais que tudo no mundo... Sentir que o meu filhote me quer ao seu lado de preferência sempre e a todo o momento  - completa-me e faz-me sentir importante.

Mas mesmo assim uma escapadinha de vez em quando sabe mesmo bem...

domingo, 13 de maio de 2012

Portu-dino


Já vivo há 9 anos em Copenhaga. Acho que é isso que me define mais na minha vida - sou emigrante, emigrante com tudo o que tem direito - muita saudade, muita nostalgia, poucas viagens à terra e de vez em quando alguns erros no Português...

Hoje no grupo dos Portugueses na Dinamarca veio um homem deitar abaixo quem dá erros, e que devíamos ter vergonha na cara...
Um exagero completo porque o Facebook é para trocar ideias rapidamente e as gralhas são inevitáveis.
Mas dei por mim a pensar que eu já dava alguns erros antes de ser emigrante e agora ainda mais...
Claro que não gosto, e evito ao máximo fazer aquele truque do emigrante da Suíça de falar o franceguês. "On vamos de vacances a la Portugal" e outras pérolas que tais.
Mas muitas vezes, com pessoas que aqui vivem, acabo por misturar palavras dinamarquesas (substantivos principalmente) num discurso em Português porque é mais fácil e rápido...
Credo...
Por exemplo, nunca uso a palavra infantário em Português, é sempre em Dinamarquês.
uuoopppsss
vamos lá para com isso menina Mafas!

Tenho de estar sempre a fazer um esforço consciente para falar Português em casa quando tenho um marido Dinamarquês e um filhote que só fala em Dinamarquês (embora perceba o Português).

É dificil mesmo... O puto só responde em Dinamarquês e nem mesmo obrigando o ponho a falar Português.

Quando estamos em Portugal lá treina um bocado e as coisas saem-lhe, mas com algum esforço e ainda com confissões noctívagas com lágrimas e tudo:
"Mãe, eu não consigo falar Português..."

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Tirar a carta - o meu lado controlador comunista

Ter um filho devia ser como conduzir
Devia ter de se passar um teste de teoria e de prática para sermos autorizados a mantê-lo.
Levado ao exagero - O que eu quero dizer é que há toda uma informacäo actualizada / pedagogia que muitos pais nem querem saber nem se preocupam em procurar e educar mal criancas leva a desastres piores na sociedade do que acidentes nas estradas.

Sorrisos Sorrateiros #1

Esta vai ser uma rúbrica a repetir non stop com os dizeres do meu filhote que me fazem derreter.
É engracado como ser pai ou mäe nos torna altamente focados na nossa cria e a achar que cada nova frase ou espontaneadade é a coisa mais ternurenta que ouvimos em toda a nossa existência.

filho - mäe mäe - anda ver um bebé na televisäo
eu - Ah que querido!!
filho - sim
eu - Podiamos ter um bebé cá em casa?
filho - Näo!! um cäo!!

Foi a primeira vez que ele mencionou querer ter um cäo 

As descobertas da (quase) meia idade

Descobri uma maneira de näo adormecer ao ver filmes em casa 
Passar a ferro enquanto vejo o filme...
Estou de volta ao mundo dos blogs depois de 3 anos de pausa.
No fora do galho quero ter muitos registos, poucas fotos (porque isso dá muito trabalho) e muitas teorias, experiências e postas de pescada sobre o que me passar na moleirinha.